A rodovia Oswaldo Cruz (SP-125), está localizada no Estado de São Paulo e liga as cidades de Taubaté a Ubatuba, ando pelas cidades de Redenção da Serra (longe do centro), São Luiz do Paraitinga e Natividade da Serra (longe do centro). O nome da rodovia é em homenagem ao médico Sanitarista Oswaldo Cruz, nascido em São Luiz do Paraitinga.

Sua extensão é de 91 km (Taubaté até São Luiz do Paraitinga com 39 km; São Luiz do Paraitinga até Ubatuba com 52 km). inicia-se na Avenida Dom Pedro I, em Taubaté e finaliza na Avenida Professor Thomas Galhardo, em Ubatuba. Uma das curiosidades interessantes da estrada está na Serra do Mar, são diversas calotas de veículos jogadas por todos cantos. O conjunto de frenagem e pneus esquentam bastante, dilatando as calotas plásticas que soltam das rodas. Alguns chamam o local de “cemitério de calotas”.

Para ter ideia da inclinação da rodovia na altura da Serra do Mar, são aproximadamente 7Km para descer do planalto até o nível do mar em Ubatuba, enquanto na rodovia dos Tamoios que liga o planalto até o nível do mar em Caraguatatuba, são cerca de 15 Km. A rodovia é istrada pelo DER-SP-Departamento de Estradas de Rodagem, e teve como origem um antigo traçado de tropeiros que avam por São Luiz do Paraitinga indo em direção a Ubatuba.

A Lenda da Cruz de Ferro
Uma das lendas de Ubatuba tem agem pela rodovia Oswaldo Cruz. Às margens da estrada, há uma Cruz de Ferro fincada, onde as pessoas vão acender velas, pois dizem que ela é milagrosa. Essa cruz é oriunda de um drama de uma família caipira. Leia a história desta lenda na íntegra, e /lenda-da-cruz-de-ferro-da-serra/

Este mirante a desapercebido pela maioria dos que trafegam pela estrada. Mas, além da beleza da rodovia Oswaldo Cruz que atravessa paisagens deslumbrantes do Vale do Paraíba em direção ao mar, temos esta outra atração ecoturística, um pouco antes de iniciar a descida da Serra do Mar.

O local é chamado de “Mirante da Felicidade” ou “Janela de Ubatuba”, o que realmente faz jus ao nome, um verdadeiro quadro natural onde o verde da Mata Atlântica, se encontra com o azul do mar. Esse ponto de descanso no km 76+650 da rodovia Oswaldo Cruz é mais do que uma parada estratégica, é quase um ritual para quem desce a Serra do Mar, rumo a Ubatuba. O viajante deve respirar fundo, contemplar e sentir o que está por vir.

História da rodovia Oswaldo Cruz
Encarar a Serra do Mar pela rodovia Oswaldo Cruz antigamente de carro não era nada fácil, tinha que ter coragem pois o percurso era tenso. No tempo do Brasil Colonial serviu como parte de um desvio da antiga Estrada Real, atual Via SP-171. Até hoje serve também como caminho alternativo do Vale do Paraíba para Paraty. A via foi construída, a partir de trilhas indígenas, para se ter um caminho, ainda no alto da serra, direto ao bairro do Registro, em Taubaté, local onde se registravam as mercadorias que saíam e chegavam ao porto de Paraty.

Assim, os tropeiros não precisavam chegar ao porto, ir para Registro e voltar novamente ao porto. Então, este tal caminho era como um desvio no antigo Caminho do Ouro da Estrada Real, iniciava onde é hoje o km 20 da Via SP-171, em Guaratinguetá, ando pela Serra do Quebra Cangalha, seguindo o trajeto da atual Via SP-153 até São Luiz do Paraitinga, que era o ultimo pouso antes da inclinada descida pelo caminho da Serra do Mar que, hoje, é o 2º trecho da Via SP-125.

O 1º trecho da Via SP-125 teve também sua importância histórica, pois ligava as cidades da região de Taubaté à São Luiz do Paraitinga, onde se encontrava o 2º trecho que descia a Serra do Mar até o planalto Atlântico. Com o crescimento das cidades à invenção de máquinas automotoras, o Governo do Estado de São Paulo, planejara fazer melhorias na via. Então, em meados 1932 e 1933, o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo iniciou os projetos de melhorias, a via foi alargada e pavimentada com pedras, pelos presidiários da Ilha Anchieta que estavam sob pena de detenção.

Em 1960, iniciou-se a implantação de um projeto mais moderno, com retificações no trecho de São Luiz à Ubatuba, permanecendo o antigo traçado. Entre 1963 e 1969, estas obras foram realizadas, sendo a pavimentação concluída em 1969. No período de 1971 a 1979, foram executadas diversas melhorias no seu trajeto. Em 19 de Abril de 1976, a Via SP-125 foi denominada oficialmente como rodovia Oswaldo Cruz, em homenagem ao médico sanitarista Oswaldo Cruz, nascido em São Luiz do Paraitinga, cidade que está na rota da Via SP-125.

Do km 78 ao km 86, a rodovia Oswaldo Cruz a dentro dos limites do Parque Estadual da Serra do Mar (Núcleo Santa Virgínia), onde há uma reserva florestal do Estado de São Paulo. Este trecho é também o mais dificultoso de todo o trajeto, e é mais inclinado, por causa do desnível da Serra do Mar, tem curvas muito acentuadas em declive e pode estar a qualquer hora do dia sob neblina intensa. Este trecho exige também uma boa condição dos veículos, pois requer bom estado dos freios, boa tração e aderência, sendo proibido o trânsito de veículos de carga e transporte coletivo de ageiros não autorizados pelo DER conforme portaria SUP/DER- 021-08/04/2014.

A seguir, uma breve descrição do professor doutor Célio Soares Moreira, mencionando entre outros fatos, a rodovia Oswaldo Cruz antigamente
Eu era agrônomo, chefe da Estação Experimental de Ubatuba, uma localidade ainda em desenvolvimento, não tinha o movimento que existe hoje. Chegar até Ubatuba era uma aventura, estrada de terra, tinha que ir até Taubaté, não havia a rodovia dos Tamoios.

Quando assumi a Estação Experimental de Ubatuba me empreguei como chefe do IAC em Ubatuba. O Instituto Agronômico fornecia alguma condução para ir para lá. Era muito comum ir de jipe, esse jipe era resto de guerra, americano, descer a serra, era uma aventura, havia dois horários de ônibus, quem estava descendo ficava preocupado por não ter cruzado ainda com o ônibus. Quando cruzava não ava os dois veículos. Tinha que ajeitar.

Não havia trânsito?
Havia trânsito de caminhão de banana! Só que com o caminhão de banana era bem mais fácil de ar ao lado do jipe. O perigo era o ônibus, porque ele vinha despreocupado. Ali a cultura forte era a banana. Permaneci lá um ano e meio. Tinha uma casa na Estação Experimental, a comida era feita por uma empregada e era baseada em peixe. Quando havia sobra eles ofereciam de graça o camarão.

O porto de Ubatuba era muito pequeno, não tinha frigorífico, toda semana ava uma barca com frigorífico. Eles pescavam e tinham que vender. Se a barca não asse aquela semana, ou atrasasse três ou quatro dias o que tinha sido pescado podia estragar. Eu estava a sete quilômetros da cidade. Às vezes ia de bicicleta. Formei muitos amigos lá, a Cachaça Ubatubana era muito famosa, fabricada por uma família de Piracicaba que moravam na  Fazenda Velha, os Irmãos Chiéus, fabricavam a tradicional pinga.
Postado por José Ronaldo – Blog Coisas de Caicara.blogspot.com.br

Fonte de Informações:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia_Oswaldo_Cruz
http://ubatubense.blogspot.com/2011/01/em-resumo-hisoria-da-rodovia-oswaldo.htm
https://ubatubense.blogspot.com/2019/01/imagens-da-construcao-da-estrada.html